Malhada de Pedras: Estudantes da rede estadual protestam contra descaso em escola
- Postado em 26, maio 2016 por: Anderson Ferreira
Dezenas de estudantes da rede pública estadual de ensino fizeram um protesto, na manhã desta quarta-feira (25), contra a situação de descaso em que se encontra o Colégio Estadual de Malhada de Pedras (CEMP), onde estudam quase 450 alunos do ensino médio. Empunhando cartazes com palavras de ordem, vassouras e rodos nas mãos, os alunos começaram a se mobilizar em frente à escola e seguiram por algumas ruas da cidade, acompanhados por um carro de som. O principal problema, segundo os estudantes, é a falta de professores desde o início do ano letivo.
Além de professores para diversas disciplinas, faltam funcionários de limpeza, que pararam os trabalhos por causa de mais de quatro meses de salários atrasados pela empresa Contrate Gestão Empresarial, terceirizada para administrar o serviço no estado. “A nossa escola está uma sujeira, chega a cheirar mal. Fica até difícil assistir às aulas”, afirmou um estudante, que não quis se identificar.
Até a semana passada, os alunos também não tinham acesso à merenda, devido à paralisação das merendeiras também por falta de pagamento de salários. São mais de dois meses.
Esta semana, as merendeiras voltaram ao trabalho, após a empresa Sande Serviços – responsável pela administração do serviço de merenda nas escolas públicas estaduais – quitar parte de um dos salários atrasados.
Procurada, a direção da escola informou que os problemas relacionados à merenda e à limpeza da instituição acontecem em quase toda a Bahia e são de responsabilidade “das empresas terceirizadas, que, mesmo tendo recebido o repasse do governo, não estão em dia com o pagamento dos funcionários”. Sobre a falta de professores, a direção disse que “o governo do estado convocou três seleções para o município, através de Regime Especial de Direito Administrativo (REDA), para contratação de docentes para as disciplinas de educação física, química, física e matemática. Os profissionais selecionados, após encaminharem a documentação exigida, estarão autorizados para lecionar no município”.
Os estudantes disseram que, enquanto a situação de descaso continuar, outras manifestações podem ocorrer.
Fotos: Higor Aguiar
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